O ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo .
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira em endereços relacionados ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo e ao deputado e ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) no âmbito da operação Lavo Jato.
Vital do Rêgo, que é ex-senador, e Maia são suspeitos de terem cobrado propina de fornecedores da Petrobras para impedir suas convocações em CPI no Congresso Nacional que investigava suspeitas de irregularidades na estatal em 2014. Os dois eram presidente e relator da comissão, respectivamente.
“O inquérito apura se parlamentares teriam solicitado a empresários contribuição financeira para que não fossem convocados a prestar depoimento. Os executivos afirmam ter repassado valores superiores a 5 milhões de reais para evitar retaliações e contribuir para campanhas eleitorais”, disse a PF em nota oficial.
Foram expedidos mandados judiciais a serem cumpridos em endereços pessoais, funcionais e empresariais relacionados aos suspeitos em Brasília, na Paraíba e no Rio Grande do Sul.
Os mandados foram autorizados pelo ministro Teori Zavascki, relator das ações decorrentes da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que os dois alvos têm foro privilegiado.
A operação ganhou o nome Deflexão, uma alusão ao fato de que, mediante propina, empreiteiros investigados passaram à condição de blindados de uma eventual responsabilização, segundo a PF.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou em maio um pedido de investigação ao STF contra Vital do Rêgo e Maia com base em denúncias feitas pelo ex-senador Delcídio do Amaral em delação premiada no âmbito da Lava Jato.